A importância do pai presente na vida de uma família
- Anderson Alves
- 29 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Crianças que possuem um bom ambiente familiar tendem a apresentar um olhar muito mais positivo em relação a vida.

O Conselho Nacional de Justiça aponta que existem 5,5 milhões de crianças no Brasil que não possuem o nome do pai na certidão de nascimento. Este é um dado que mostra um aspecto preocupante nas famílias brasileiras, uma vez que indivíduos que sofreram com o abandono afetivo durante a infância podem apresentar problemas em seu comportamento social na vida adulta, já que a dor da rejeição pode gerar sérios distúrbios de comportamento.
Um dos maiores medos do ser humano é ser rejeitado. A origem de toda emoção humana está nos pais e cuidadores e na maneira como a primeira infância é vivida. Somos uma folha de papel em branco e todas as experiências vividas durante a gestação e ao longo dos sete primeiros anos ficam registradas nesta folha, que pode ser chamada de subconsciente.
É justamente a partir desses registros que a criança cria sua visão de mundo, baseia suas escolhas, enfrenta problemas e se comporta diante das diferentes situações. Cada pessoa tem informações próprias e particulares em seu subconsciente, influenciando-as de maneira positiva ou negativa.
Crianças e jovens que se sentem acolhidos no ambiente familiar costumam ser mais independentes e ter um olhar mais positivo em relação a vida, além de uma maior autoestima e estabilidade emocional. Os que foram rejeitados pelo pai ou pela mãe — ou interpretaram que sofreram algum tipo de rejeição —, por outro lado, geralmente demostram um sentimento de inadequação, são mais hostis e instáveis.
Problemas emocionais associados à ausência paterna
Depressão;
Ansiedade social;
Falta de confiança;
Baixa autoestima;
Dificuldades escolares e profissionais;
Problemas nos relacionamentos.
Como participar efetivamente da vida dos filhos?
Em geral, o principal motivo para o distanciamento paterno é a separação dos pais durante a infância. Porém, não conviver diariamente com a criança não significa necessariamente não estar presente na vida dela: investir em um tempo de qualidade com seu filho é muito mais importante do que a frequência com que esses momentos ocorrem.
Anote algumas atitudes que podem fazer com que você esteja mais presente na vida do seu filho:
Acompanhe a vida escolar da criança, buscando-a na escola e perguntando como foi a aula;
Invista em brincadeiras ao ar livre: jogar bola, andar de bicicleta ou passear no parque são atitudes que estreitarão a relação de vocês;
Converse com seu filho olhando nos olhos dele;
Não confunda atenção afetiva com presentes materiais;
Demonstre carinho: abrace e beije mais os seus filhos;
Estabeleça limites: mesmo não morando na mesma casa, o pai é tão responsável pela formação da criança quanto a mãe, portanto se posicione e tenha autoridade.
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